sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

5 Ideias de Elder Scrolls para seu RPG



Elder Scrolls é com certeza uma das séries mais influentes em nossa atualidade e com certeza uma das que mais tomo inspiração para meus jogos e tramas, e com tanto apego pelos jogos quero dividir alguns pontos do que gosto de colocar em RPGs e por isso aqui estão 5 Ideias e Inspirações de Elder Scrolls:

Vídeo do Post:





Guildas

Essa com toda certeza não é uma ideia original da série e não será exclusiva para ela, ainda assim existem pontos que são extremamentes marcantes e são esses que gostaria de explorar e explicar a todos.

Muitos jogos travam as guildas por detrás de ligações com pessoas importantes e com restrições estranhas, isso pelo status social que traria para os jogadores, ao mesmo tempo que poderia abrir muitas portas e oportunidades que algumas vezes não estão prontos.

O que não acontece em Elder Scrolls, algumas delas exigem alguns testes, mas esses são apenas para confirmar a afinidade do indivíduo com a filosofia e práticas do lugar, só que fora isso a entrada é garantida.

E as guildas servem para muitas coisas, como: ganchos para missões, aprendizado, aquisição de equipamento, NPCs poderosos, assim não precisam aparecer do nada entre outras ocasiões que podem ser úteis.

Claro que na maioria dos grupos de RPG os jogadores terão classes diferentes e terão habilidades diferentes, então todos entrarem na guilda dos guerreiros às vezes pode ser pedir muito e especialmente quando falamos de organizações mágicas e divinas, mas isso pode ser facilmente trabalhado na trama ou algum tipo de mega organização, mais sobre isso no próximo tópico.

E esses grupos servem muito bem para qualquer tipo de campanha, podendo servir como ponto focal de toda a história, algo parecido com FF 8 que é uma empresa de mercenários que aceita qualquer pessoa capaz para o combate para fazer parte da organização.



Grupos que têm algum tipo de associação com os governos locais para fazerem trabalhos menores, assim tendo a oportunidade de ganhar dinheiro e fama e assim entrarem melhor no mundo, mas sem ficar totalmente ligados com tais.

Como inimigos que tem objetivos opostos do grupo e por isso entram em conflito com eles, e ainda que mais forte do que alguns deles de modo individual, só que não possuem o suporte de informação e recursos que eles tem, meio que os obrigando a ficar de algum lado em um conflito ou procurar por aliados.




Política, Intriga e Aventuras

Esse aspecto é um dos que mais amo em toda a franquia, o que infelizmente foi bastante diminuído, ainda que presente no último título, nas outras interações faziam parte essencial de todas as relações entre o jogador e NPCs e chegavam ao ponto de ser atacado nas cidades e travados de outras missões.

Apesar, de parecer um tópico extremamente complicado e nos dias de hoje motivo de discussões e causa de muita dor de cabeça, mas o que precisamos entender que política não se trata apenas de direita ou esquerda entre outros termos e sim qualquer interação entre pessoas e instituições são um tipo de política, manter boas relações entre pessoas e grupos também, assim como todo o outros aspecto de ter raiva e querer a destruição de outras entidades.

O que gosto de me inspirar nisso é que qualquer coisa que os jogadores fizerem, pode facilitar ou dificultar a vida de alguma organização ou grupo e por isso criar inimigos de forma natural.

Exemplo básico: O grupo aceita lidar com alguns goblins que atacam a uma cidade pequena, se eles cuidam das criaturas, agora a cidade tem uma dívida ou pelo menos gosta um pouco do grupo, com isso também os goblins podem ter um problema, caso tenham algum tipo de sociedade organizada, e se colocarmos na equação outra cidade que vendia armas ou alimentos agora possuem menos disposição com essa.

Podemos colocar alguém dentro ou fora da cidade que estava controlando as criaturas e eles tem um inimigo interno, esse tipo de processo de pensamento é de extrema imersão e mostra o que se pode fazer ainda que seus jogadores sigam alguma linha básica de jogo.

Isso se casa perfeitamente com a ideia das guildas e ainda dá abertura para as casas de nobreza que vemos em morrowind e ganhou notoriedade em GoT, que também é um grande exemplo de como fazer tramas políticas sem se envolver na realidade, o que causa o efeito de lados, mas em uma situação de fantasia.




Daedra

Divindades são coisas extremamente comuns na maioria dos mundos de fantasia, podendo variar entre estilos, moralidade e como aparecem e em Elder Scrolls podem ser uma grande Ideia.

Quero deixar claro que existem alguns tipos de divindades nesse Universo, mas aqui iremos falar apenas dos Daedra.

Eles tem um meio muito interessante de se envolver com mortais que funciona de forma similar com as guildas e clérigos, pois pode se envolver com eles de forma fácil, receber missões e fazer favores, até mesmo quando os jogadores não tem muito poder.

E por isso, as recompensas deles podem ser muito variáveis, ainda que a maioria dos itens que recebem deles são chamados de artefatos o nível de poder que eles oferecem podem ter grande diferença e facilmente serem fracos, mas ainda assim com um efeito único que é muito útil na situação correta. 

E conforme o jogo anda eles podem recrutar os jogadores para outras missões com recompensas melhores e com maior dificuldade, podendo chegar ao ponto de entrar nos reinos deles, assim como em Oblivion.

Apesar, de não serem responsáveis pela criação direta do mundo e da maioria das raças nele incluso, são os mais presentes do mundo, por isso conseguir algum tipo de contato com eles é simples, e se pensa que por isso são menos poderosos do que outros deuses ou totalmente malignos é algo que não é verdade.

Em Elder Scrolls, de modo bem simples, é que os Daedra não participaram da criação de Nirn, enquanto os Aedra participaram e por isso estão em um estado diminuído de poder.

Pode incluir tais seres em seu mundo como Deuses que não são de outros planos ou dimensões e sim são nativos do seu mundo e por isso a presença deles é mais ativa, ao mesmo tempo que eles podem ser mais maliciosos a todos, mas nunca totalmente malignos.

E acima de tudo eles gostam de se envolver nos assuntos dos humanos, por algum motivo, seja por pensarem em tudo como um jogo ou apenas por diversão é algo que fazem com muita frequência e também se envolvem em outros assuntos.



Um pouco de Realidade

Esse ponto é extremamente delicado e a totalidade dele merece um vídeo apenas para isso, aqui direi apenas os pontos positivos que vejo nos jogos da franquia e como os coloco em meus jogos.

O primeiro é de dinheiro, ainda que na maioria dos jogos, quando se sabe o que está fazendo é um recurso abundante e muito útil, se está procurando por propriedade, itens mágicos poderosos, comprar a confiança de pessoas e principalmente para melhorar as suas habilidades.

Isso é algo que simula o sistema capitalista que vivemos, ainda que em uma fantasia medieval é possível de se tornar mais poderoso e influente usando dinheiro, um recurso que os jogadores podem produzir aos montes, devido a linha de trabalho que eles têm. Pode também ter o lado oposto dessa moeda, onde dinheiro é um grande problema para ser conseguido e algo a ser procurado e um problema a ser trabalhado.

E ainda que tratemos de ficção as pessoas e raças desse lugar em algum ponto tem tensões entre tais, isso pode ser leve quanto uma leve desconfiança e grave quanto a proibição de alguns entrarem nas cidades ou nos lugares públicos.

O que não pode fazer é deixar os seus jogadores no escuro sobre isso, se eles estão escolhendo alguma raça devem estar ciente das possíveis relações dessas com o resto do mundo, e assim fazer uma decisão informada e não ter que descobrir do pior modo.

Isso, pode causar grande intriga e problemas para o grupo, que eles precisam ser criativos para desfazer ou pelo menos fazer tal situação um pouco menos pior, e uma personagem ficar acima de tal situação social é um grande passo para ela e assim se tornar algo a mais do que todos pensam e essa é uma verdadeira jornada do herói.

Tudo Junto e Misturado

Qualquer jogo e história que tenha tantos elementos, alguns deles ou apenas um muito bem desenvolvido já se faz grandioso, o que temos que lembrar que Elder Scrolls é conhecido pelo seu exagero e por ter tudo que citei e muito mais em abundância e isso que faz tudo funcionar tão bem como mundo e jogo.

Temos as guildas que se integram no mundo político e também com os Daedras e outros seres ainda mais poderosos, problemas internos que causam pelo tanto de poder que possuem é também algo que sempre está em jogo.

O problema entre as raças e até mesmo a sua origem é de grande importância em dois jogos e dependendo da sua escolha inicial pode ser um grande gancho para muitas das escolhas que o jogador fará dentro do jogo, pois muitos NPCs reagem a sua personagem, a quais facções pertence e quais é inimigo.

Ter amigos em lugares poderosos e ganhar reconhecimentos ajuda a sua personagem em vários modos e pode começar a ganhar tais aspectos de forma fácil.

A única crítica que tenho de todo o sistema é que ainda que algumas coisas que fazíamos nos jogos mais antigos realmente causavam algum grande impacto, nos dias de hoje é tudo menor. E também temos que contar a limitação de programação, pois ainda que um mundo aberto é limitado pelo código da programação, o que não é verdade em um RPG de mesa.

Implementar todos esses aspectos pode ser um processo trabalhoso, a melhor coisa seria os colocar aos poucos e fazendo um caminho fácil para o seu método de narrar um jogo. Afinal, narrar assim como tudo na vida precisa de treino e tempo para ajustar o que gosta ou não.

Essas foram cinco ideias de Elder Scrolls para seu RPG, não se esqueça de se inscrever no canal e curtir o vídeo, também curtir a Página Ideas de Jogador no Facebook para ficar por dentro de tudo que acontece.


Nenhum comentário:

Postar um comentário