https://youtu.be/ylsV3ER5Cl4
Shadowrun Returns é um daqueles jogos que brilhou por um breve momento e depois… sumiu na memória coletiva. Baseado em uma das franquias mais incríveis e ao mesmo tempo mais negligenciadas da cultura nerd.
Shadowrun mistura hacking, dragões, magia e corporações malditas, mas sempre parece viver à sombra de outros universos mais famosos, como Cyberpunk 2077 ou até Dungeons & Dragons.
Shadowrun Returns é a prova viva de que até um universo genial pode ser esquecido quando a propaganda não acompanha a qualidade. Imagine um mundo onde hackers dividem espaço com xamãs, dragões controlam megacorporações e trolls fazem bicos como mercenários em becos iluminados por neon. Parece perfeito, mas enquanto Cyberpunk 2077 foi alçado ao status de fenômeno mundial, Shadowrun ficou preso ao submundo dos iniciados.
Lançado em 2013 pela Harebrained Schemes, Shadowrun Returns trouxe de volta o RPG clássico inspirado no jogo de mesa que já era cult desde os anos 80. A narrativa é forte, a atmosfera é densa, os combates são táticos e a mistura de fantasia medieval com tecnologia futurista é ousada e fascinante. Ainda assim, o jogo nunca conseguiu sair do gueto. O mundo estava ocupado demais gritando por The Witcher e Cyberpunk para perceber que Shadowrun já entregava tudo isso de forma mais inventiva.
É um daqueles casos quase trágicos. Shadowrun Returns é um artefato cult, amado por poucos e ignorado pela maioria, lembrado apenas por quem conhece termos como deckers, samurais de rua e dragões que mandam mais do que presidentes. No fim, Shadowrun é como aquele amigo genial que nunca foi popular na escola. Brilhante, ousado, cheio de ideias, mas condenado a viver à sombra dos queridinhos da indústria.
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